sábado, 21 de abril de 2012


FORTE SÃO MARCELO



Construído de 1650 a 1728, o Forte São Marcelo é um dos monumentos mais curiosos de Salvador. A construção foi erguida sobre um banco de areia que já existia próximo ao ancoradouro do antigo porto da capital baiana, por conta do medo de uma possível invasão holandesa. De acordo com os registros históricos, somente após a construção do forte o Porto de Salvador passou a ser considerado seguro para o transporte marítimo.
O coordenador administrativo do Forte, Edvaldo Caldas Carvalho, que faz parte da ONG Abrafe (Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares). Desde 2000, a ONG tem a autonomia de angariar recursos para a manutenção do monumento. Foi a Abrafe a principal responsável por conseguir patrocínio para que o Forte fosse reformado.  
As obras foram  essenciais. O forte estava abandonado, resultando numa perda de patrimônio histórico considerável para Salvador. Após as obras, o monumento novinho em folha foi reaberto à visitação. Atividade essa que hoje sustenta a manutenção do Forte São Marcelo. Além do turismo, o aluguel do espaço para eventos também contribui para o sustento do ponto turístico, já que hoje não há patrocínio com esse fim. A Prefeitura Municipal de Salvador e o Governo do Estado faz Parceria com  alguns projetos, mas ainda não há iniciativas concretas de apoio ao Forte.


 O Forte foi erguido em cantaria de arenito até a linha d'água e em alvenaria de pedra irregular até 15 metros de altura. Em 1812, a obra foi concluída com a construção de um anel que circunda o torreão central do forte. O Forte São Marcelo é o único de formato circular das Américas, o que lhe rendeu o apelido carinhoso de 'O Umbigo da Bahia', criado pelo ilustre escritor Jorge Amado.



No Forte São Marcelo a  mais 9 celas que foram divididas em memórias.
As três primeiras se dedicam às Memórias do Mar: lá, é possível encontrar informações sobre os naufrágios da baía de Todos os Santos, as rotas de comércio da época das Grandes Navegações, além de objetos de viagem utilizados nas caravelas.
As três celas seguintes retratam as Memórias da Cidade: aqui há um panorama histórico da cidade de Salvador, com direito a maquete e recursos audiovisuais! É uma boa chance de saber mais destes 459 anos de história, com fotos antigas da capital baiana e uma linda vista das janelinhas que emolduram diferentes cartões postais da cidade.
As últimas três celas são dedicadas às Memórias do Forte. Lá encontramos objetos que retratam toda a história do monumento e dos militares que passaram por lá. Tem um canhão original de 1630

 
Com uma vista privilegiada da a Baía de Todos os Santos: desde o Farol da Barra à Ponta de Humaitá. São 360º de pura beleza e história.
Obviamente, também é possível ver todo o Forte de cima. O torreão central era utilizado para o abastecimento de água local, utilizando a chuva como fonte. Até pouco atrás, o mecanismo ainda era utilizado com o mesmo fim em épocas de falta de abastecimento!
Para encerrar a visita, nada melhor que uma boa refeição no restaurante do Forte! O Buccaneros.
 Se você está por aqui ou mora na cidade, não pode deixar de conhecer o Forte São Marcelo! Salvador não se restringe ao Pelourinho, o Farol da Barra ou à Praia de Itapuã. Soteropolitano que se preza; De coração ou de nascença, tem o dever de valorizar o patrimônio da terra de bom grado.

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim



A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é um templo católico, está localizada na Sagrada Colina, na península de Itapagipe, em Salvador, no Brasil. É lá que são distribuídas as famosas Fitinhas do Bonfim.
A imagem do Nosso Senhor do Bonfim foi trazida em razão de uma promessa feita pelo capitão-de-mar-e-guerra da marinha portuguesa, Theodózio Rodrigues de Faria, que, durante forte tempestade prometeu que se sobrevivesse traria para o Brasil a imagem de sua devoção. Assim, em 18 de abril de 1745, réplica da representação do santo existente em Setúbal foi trazida de Setúbal, terra natal do capitão, e abrigada na Igreja da Penha até o término da construção da Igreja do Senhor do Bonfim. Em 1754, a parte interna da Igreja do Senhor do Bonfim foi finalizada e as imagens transferidas para lá em procissão, onde foi celebrada missa solene.
A iluminação era feita através de lampiões até que em junho de 1862 foi implantada a iluminação pública, feita com lâmpadas de gás carbônico. As instalações elétricas realizadas em 1902 foram mantidas até 1998, quando a igreja foi restaurada. 


Construída em estilo neoclássico com fachada em rococó, essa típica igreja colonial portuguesa possui duas torres sineiras laterais. A Igreja do Bonfim de Salvador chama a atenção por suas dimensões e pela posição de destaque na elevação onde foi instalada.

É uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade, dedicada ao Senhor do Bonfim, padroeiro dos baianos e símbolo do sincretismo religioso da Bahia
Foi erguida a partir de 1745, ano em que chegaram as imagens do Senhor Jesus do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia, trazidas de Portugal pelo capitão Theodózio Rodrigues de Faria, estando concluída em 1772.
Em 1923, por razão das comemorações pela Independência da Bahia, foi composto o Hino ao Senhor do Bonfim, de autoria do poeta Arthur de Salles e João Antônio Wanderley. Este hino tornou-se muito popular na Bahia até os dias atuais.

A lavagem da Igreja teve início em 1773, quando os integrantes da "irmandade dos devotos leigos" obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim, no segundo domingo de janeiro, depois do Dia de Reis. Com o tempo, adeptos do candomblé passaram a identificar o Senhor do Bonfim com Oxalá. A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem as portas da Igreja permanecem fechadas durante a lavagem - as baianas despejam água nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos africanos.
Todos os anos realiza-se a Lavagem do Bonfim, na escadaria da igreja, onde baianas lavam com água de cheiro e muita festa os seus degraus. Tudo começa com uma procissão desde a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia, até ao Bonfim. Uma grande massa humana acompanha a festa.


O ELEVADOR LACERDA

 Foi construído pelo engenheiro Augusto Frederico de Lacerda, sócio do irmão, o comerciante Antônnio Francisco de Lacerda, idealizador da companhia de Transportes Urbanos, utilizando peças de aço importadas da Inglaterra.
 As obras foram iniciadas em 1869 e, como dois elevadores hidráulicos funcionando, em dezembro de 1873 ocorreu a inauguração, com o nome Elevador Hidráulico da Conceição da Praia. Popular conhecido como Elevador do Parafuso, posteriormente seria renomeado como Elevador Lacerda (1896), em homenagem ao seu construtor.


Após sua inauguração, passou a ser o principal meio de transporte entre as duas partes da cidade. Inicialmente operando com duas cabines, atualmente funciona com quatro modernas cabines eletrificadas que comportam vinte passageiros cada.
 Ao longo de sua história passou por quatro grandes reformas e revisões, a primeira em julho de 1906 para a sua eletrificação, a segunda em 1930 para adicionar mais dois elevadores e uma nova torre que conferiu a atual arquitetura em estilo Art Déco, a terceira no início da década de 1980 houve uma revisão na estrutura de concreto, a quarta no ano de 1997 em que se foi feita a revisão de todo o maquinário elétrico e  eletro-eletrônico.


Reconhecido como um dos ícones mais importantes e famoso do turismo de Salvador, o Elevador Lacerda se trata de um equipamento urbano situado na Praça Cayru no bairro do Comércio bem próximo ao Mercado Modelo, e liga a Cidade Baixa à Cidade Alta. Propicia ao seus visitantes uma linda e panorâmica vista da Baía de Todos os Santos.
Foi tombado pelo Instituto do  Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 7 de dezembro de 2006.



Mercado Modelo - Salvador Bahia


Situado no bairro do Comércio, uma das zonas comerciais mais antigas e tradicionais de Salvador, constitui-se em importante atração turística. Diante da Baía de Todos os Santos, é vizinho do Elevador Lacerda e do Centro Histórico/Pelourinho.
Inaugurado em 1912, o Mercado Modelo surgiu pela necessidade de um centro de abastecimento na Cidade Baixa de Salvador. Entre a Alfândega e o largo da Conceição, constituía-se em um centro comercial onde era possível adquirir itens tão variados como hortifrutigranjeiros, cereais, animais, charutos, cachaças e artigos para o Candomblé.
Mercado Modelo e Praça Cayru
Era servido pela rampa que leva o seu nome, antigo porto dos saveiros que atravessavam a baía de Todos os Santos.
Em 1969 foi vítima do mais violento incêndio de sua história, a tal ponto que se tornou necessária a demolição do antigo imóvel. A partir de 2 de Fevereiro de 1971, passou a ocupar o edifício da 3º Alfândega de Salvador, uma construção de 1861 em estilo neoclássico, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No local, onde funcionava o primitivo Mercado, foi erguida uma escultura de Mário Cravo Junior.
O Mercado Modelo viveu pelo menos cinco grandes incêndios ao longo de sua história, a saber:
  • 1917 - existem poucas informações a seu respeito, acreditando-se que não tenha sido de proporções catastróficas.
  • 1922 - iniciou-se na madrugada de 7 de janeiro, tendo reduzido o Mercado às cavernas (subterrâneos), causando mais de mil contos de réis de prejuízos. À época, registraram-se boatos de que as causas foram propositais. Reformado, tendo a sua pintura original - amarela e vermelha - sido substituída por verde, ganhou o apelido de Tartaruga Verde.
  • 1943 - registrou-se em 28 de fevereiro (um domingo), com a destruição parcial das suas instalações. Não foram identificadas as causas do incêndio, tendo o edifício sido recuperado.
  • 1969 - teve lugar a 1 de agosto, sendo considerado o mais grave de sua história, a ponto de inviabilizar a reconstrução do primitivo imóvel, cujos escombros necessitaram ser demolidos visando a segurança pública. 
  • 1984 - em 10 de Janeiro, conduziu a uma extensa reforma, permitindo a sua reinauguração no mesmo ano.

Ir a Salvador e não ir conhecer o Mercado Modelo é o mesmo que dizer que não esteve em Salvador, ou que sua viagem não está completa, tradicional centro de artesanato típico da Bahia. Considerado um dos principais pontos turísticos da capital baiana, o Mercado Modelo reúne o que há de mais expressivo nas tradições locais; Abriga duzentas e sessenta e três lojas que oferecem desde os trabalhos de arte realizados por artesãos, até a comida que é símbolo do estado.
No Mercado Modelo, ainda estão disponíveis bares espalhados em meio as lojas, onde é possível encontrar bebidas típicas da Bahia e quitutes locais. Mas, para aqueles que não dispensam o verdadeiro sabor de Salvador, vale a visita ao andar superior do mercado, onde estão os encantadores restaurantes Camafeu de Oxóssi e Maria de São Pedro. Ambos estabelecimentos estão entre os mais antigos restaurantes típicos baianos, e servem o que há de mais rico na culinária local, o Mercado Modelo ainda conta com apresentações frequentes de capoeira, que representam a mais tradicional expressão da dança e luta local. Conheça o Mercado Modelo de Salvador e se encante com anos de tradição, história e cultura!





DIQUE DO TORORÓ


O termo "tororó" vem do termo tupi tororoma, que significa "jorro" (de água).
O Dique do Tororó é único manancial natural da cidade de Salvador, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, comumente reduzido para Dique, que possui uma lagoa de 110 mil metros cúbicos de água, localizada em Salvador, no estado da Bahia, no Brasil. É delimitada, atualmente, pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda, pelo do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita, ao Norte, pelo Estádio Octávio Mangabeira, conhecido por Fonte Nova e, ao Sul, pelo bairro do Garcia.
É margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco da Gama - que, ao Sul, convergem para a avenida Centenário e o Vale dos Barris.
À época do Brasil Colônia, o dique delimitava o limite norte da Cidade Alta de Salvador, então capital do Brasil.
Essa estrutura, com função defensiva, encontra-se relacionada por BARRETTO (1958), que reporta ter sido erguida pelos governos gerais, entre o final do século XVII e meados do século XVIII, para defesa complementar dos limites de Salvador. As suas águas contornavam a cidade desde o forte do Barbalho até o forte de São Pedro; para a sua formação, foram represadas as águas das nascentes do rio Urucaia (op. cit., p. 188).
Ainda de acordo com o mesmo autor, com o desenvolvimento urbano da cidade, partes do dique deixaram de existir, em função de aterros.
Na realidade, o primitivo dique constituía-se em uma ampliação do dique de defesa da cidade alta, executada durante o governo do vice-rei e capitão general de mar e terra do Estado do Brasil, D. Vasco Fernandes César de Meneses (1720-1735), dentro do plano de fortificação de Salvador. Esse projeto havia sido elaborado em 1714 pelo capitão de engenheiros francês Jean Massé, que, após as invasões do Rio de Janeiro por corsários franceses em 1710 e em 1711, por determinação do rei João V de Portugal (1705-1750), em 1712, passou com o posto de brigadeiro ao Brasil para examinar e reparar as fortificações daquele Estado. (SOUZA VITERBO, 1988:154).

 
O Dique  Do Tororó é espaço preferido para os amantes do esporte; tem pista de Cooper, raias para a prática do remo, decks para a pesca, píer para pequenas embarcações, equipamentos de esportes e ginástica, playgrounds, além do Centro de Atividades e da Praça de Eventos. O centro possui ainda restaurantes e estacionamento com 150 vagas. A praça tem um palco flutuante para a realização de shows e espetáculos. No meio da lagoa, esculturas de diversos Orixás complementam a beleza da região e marcam o sincretismo religioso da cidade.


Pelourinho (Salvador)

O Pelourinho é o nome de um bairro de Salvador. Se localiza no Centro Histórico da cidade, o qual possui um conjunto arquitetônico colonial barroco português preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
A palavra pelourinho se refere a uma coluna de pedra, localizada normalmente ao centro de uma praça, onde criminosos eram expostos e castigados. No Brasil Colônia, era, principalmente, usado para castigar escravos.

Limitando-se ao norte com Pilar, Santo Antônio e Barbalho, ao sul com a Sé e Saúde, a leste com o Comércio e a oeste com Sete Portas, o Pelourinho compõe-se de ruas estreitas, enladeiradas e com calçamento em paralelepípedos.

A partir do início dos anos 1990 a área foi o cerne do processo de revitalização do Centro Histórico, com a desapropriação dos moradores, recuperação de fachadas e prédios.

Atualmente, no Pelourinho, estão as sedes de várias organizações, tais como:
Nas últimas décadas, o Pelourinho passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, tornando-o um importante centro cultural de Salvador. 


Farol da Barra


O Forte de Santo Antônio da Barra

No local, que domina a entrada da barra de Salvador, diante do qual Gonçalo Coelho teria fundeado, aquele navegador fez erguer um padrão de posse para a Coroa Portuguesa, a 1 de novembro de 1501: conforme o calendário católico então adotado, era dia de (Dia de Todos-os-Santos). Localiza-se na ponta do Padrão (atual Largo do Farol da Barra), em Salvador, estado da Bahia, no Brasil.

Passou por varias reformas até finalmente estar totalmente restaurado até passar a abrigar o Museu Náutico da Bahia em 10 de Dezembro de 1998


Forte Grande ou Fortaleza da Barra

São quase duas praias, de tão diferentes. De um lado, o Porto da Barra é uma enseada de águas calmas e cristalinas, que fazem do trecho o mais famoso banho de mar da cidade. A praia do Farol da Barra sinaliza o começo da Baía de Todos os Santos, é o mais recomendado ponto para apreciar o pôr-do-sol de Salvador. Ao contrário da praia do Porto, no Farol o mar é forte e com ondas excelentes para surfistas. Em todo o pedaço estão instalados dezenas de bares, restaurantes, hotéis, casa de shows e outros atrativos para o turista.

O mar esconde ainda segredos e tesouros do litoral de Salvador. Estão abrigadas no fundo do oceano dezenas e dezenas de embarcações naufragadas, um paraíso para mergulhadores.



Passou por varias reformas até finalmente estar totalmente restaurado até passar a abrigar o Museu Náutico da Bahia em 10 de Dezembro de 1998.
Não importa a hora, como ou com quem você esteja no Farol da Barra. O que  importa é poder desfrutar do Farol e de tudo que o cerca. É de lá que pode ser visto um dos mais belos pôr-do-sol  nos fins de tarde do Verão. Sem falar que é o chão da Barra também um dos mais concorridos trechos do Carnaval de Salvador.